Atualmente, ninguém pode prever o nível de benefício que um adulto ou uma criança alcançará com um Implante Coclear. Entretanto há vários fatores que contribuem de maneira significativa para um bom resultado.
Memória Auditiva
Os adultos e as crianças com alguma experiência auditiva, e com um período de surdez curto, poderão aprender a usar a informação sonora fornecida pelo implante mais rapidamente do que as pessoas que têm uma perda profunda da audição desde o nascimento ou que perderam a audição muito cedo na vida.
As pesquisas demonstram que algumas crianças com perda profunda e precoce da audição alcançam um benefício significativo com o sistema, desde que implantadas bem cedo². Em geral, estas crianças foram inscritas em programas educacionais de reabilitação que insistem no uso da audição para a comunicação e a aprendizagem. Seus familiares também participam intensamente dessas sessões que dão muita importância à audição.
Estado da Cóclea
As pessoas que possuem um maior número de fibras auditivas funcionais obtêm maior benefício com o implante coclear. Embora hoje em dia, ainda não haja provas do número ou lugar das fibras remanescentes, os exames de imagens podem verificar se a estrutura da cóclea poderá acomodar o feixe de eletrodos do implante.
Motivação e Dedicação
A Motivação e Dedicação do usuário e de seus familiares e amigos é importante. A dedicação inclui o uso permanente do Sistema de Implante, o compromisso de comparecer aos retornos e, para as crianças, o uso de estratégias de reabilitação educacionais para desenvolver habilidades auditivas em situações da vida diária.
Programas Educacionais e/ou de Reabilitação
Os terapeutas, os educadores, os familiares e o audiologista devem fornecer modelos e materiais auditivos adequados ao desenvolvimento das habilidades auditivas. Os núcleos educacionais que se preocupam com desenvolvimento de habilidades auditivas terão um efeito positivo na evolução da fala e a linguagem das crianças. Muitos adultos que ficaram surdos após aprenderem a falar, possivelmente não necessitarão de reabilitação formal para usarem o sistema com êxito.
² Cohen NI, Walzman SB.”Cochlear Imports in Infants and Young children” (Implantes cochleares em lactentes e crianças). Seminários da audição- 17,2: Maio 1996. 215-222